Iniciamos o ano sentindo muito mais do que simples manchetes,
noticiando a crise econômica em que o país está mergulhado. As
portas que se apresentam ante o destino de nosso trabalho, assim
como, as eventuais fontes de generosidade social, começam a ser
fechadas para o público que acolhemos. Quando a economia reflui, o restante da sociedade,
também, recua, compulsoriamente.
Foi
observando este panorama, que lançamos em nossa página social e
divulgamos a todos, no ano passado, o texto, “A
Crise e a Emergência da Ação Social”.
Neste documento, procura-se expor a importância da assistência
social e da ação filantrópica nos momentos em que as dificuldades
são agravadas e as camadas mais pobres e desassistidas da população
têm suas condições de vida pioradas.
A
“Casa de Apoio ACOLHER COM AFETO” não tem características
sindicais, nem tampouco, atua como linha de frente de movimento
social. Esta instituição realiza o acolhimento concreto de cidadãos
de poucos recursos e até desvalidos, que vêm à capital para
tratamento de saúde, fora de seus domicílios. Tudo que pretendemos
é dignificar o esforço dessa gente, que apesar de tudo, não se
resigna e luta por si mesma na instância mais elementar, que é a
vida e a saúde.
Assim
sendo, em nada diminui o volume do trabalho da Casa de Apoio. Pessoas
de quase um terço dos municípios pernambucanos estiveram entre os
nossos atendidos. Talvez, este número seja quase uma gota d’água,
pois, como conclui o texto sobre “A Crise e a Emergência da Ação
Social”, ...”mais
de um milhar de indivíduos perambulam pelas calçadas, pelas praças,
pátios, ao relento sujeitos às intempéries em peregrinação no
programa ‘TFD (Tratamento fora de domicílio)’. Essa gente quase invisível ao nosso olhar de
urbanos, cosmopolitas, o que não diminui a premência da ação
solidária”.
Mais
que isto, quando as circunstâncias se mostram mais adversas, a “Casa
de Apoio ACOLHER COM AFETO” se inscreve na plataforma do
“Transforma Recife”, da Prefeitura da Cidade do Recife,
participando da solenidade de inauguração da réplica do
voluntariômetro” e ainda, lança campanhas de ampliação de sua
ação e evolução enquanto instituição. Deste modo, foi
estabelecido uma parceria com o grupo “Partilhar”, que congrega
psicólogos e profissionais afins, para um trabalho de apoio aos
nossos hóspedes em suas vulnerabilidades emocionais e existenciais,
indo aonde as instituições de saúde negligenciam, que é o cuidado
com as fragilidades advindas da condição de desterrados temporários
e outras aflições porque passam homens, mulheres e crianças, que
vêm do interior para procedimentos médicos e hospitalares no
Recife.
Além
disto, está lançada a campanha de consolidação institucional, que
dará total independência e autonomia jurídica à Casa de Apoio.
Estamos no curso de nossa missão, literalmente, “de
cara pro vento”, enfrentando
as vicissitudes de momentos nublados, que, todavia, não
assombram porque nosso desígnio está avante e à frente dos
horizontes visíveis.
Em
nosso cotidiano, continuamos a receber os incentivos da sociedade
civil. A “Coopeclin”, através de sua Presidente, Dra. Sirleide
Lira, tem sido generosa e sempre nos presenteia com doações, que
incluem um ventilador que chegou em hora mais que oportuna.
Agora
neste fim de mês, participando das comemorações da Semana do
Voluntariado, Clécia Marinho, do “Partilhar”, foi indicada por
nós e escolhida, para receber o certificado de menção honrosa,
como integrante do esforço de atividade voluntária.
Fica o nosso agradecimento. Continuamos de mãos estendidas para receber e poder minimizar a dor das famílias.
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