sábado, 20 de fevereiro de 2016

O DESAFIO E A CORAGEM DE CONTINUAR


Iniciamos  o ano sentindo muito mais do que simples manchetes, noticiando a crise econômica em que o país está mergulhado. As portas que se apresentam ante o destino de nosso trabalho, assim como, as eventuais fontes de generosidade social, começam a ser fechadas para o público que acolhemos. Quando a economia reflui, o restante da sociedade, também, recua, compulsoriamente.
Foi observando este panorama, que lançamos em nossa página social e divulgamos a todos, no ano passado, o texto, “A Crise e a Emergência da Ação Social”. Neste documento, procura-se expor a importância da assistência social e da ação filantrópica nos momentos em que as dificuldades são agravadas e as camadas mais pobres e desassistidas da população têm suas condições de vida pioradas.
A “Casa de Apoio ACOLHER COM AFETO” não tem características sindicais, nem tampouco, atua como linha de frente de movimento social. Esta instituição realiza o acolhimento concreto de cidadãos de poucos recursos e até desvalidos, que vêm à capital para tratamento de saúde, fora de seus domicílios. Tudo que pretendemos é dignificar o esforço dessa gente, que apesar de tudo, não se resigna e luta por si mesma na instância mais elementar, que é a vida e a saúde.
Assim sendo, em nada diminui o volume do trabalho da Casa de Apoio. Pessoas de quase um terço dos municípios pernambucanos estiveram entre os nossos atendidos. Talvez, este número seja quase uma gota d’água, pois, como conclui o texto sobre “A Crise e a Emergência da Ação Social”, ...”mais de um milhar de indivíduos perambulam pelas calçadas, pelas praças, pátios, ao relento sujeitos às intempéries em peregrinação no programa ‘TFD (Tratamento fora de domicílio)’. Essa gente quase invisível ao nosso olhar de urbanos, cosmopolitas, o que não diminui a premência da ação solidária”.
Mais que isto, quando as circunstâncias se mostram mais adversas, a “Casa de Apoio ACOLHER COM AFETO” se inscreve na plataforma do “Transforma Recife”, da Prefeitura da Cidade do Recife, participando da solenidade de inauguração da réplica do voluntariômetro” e ainda, lança campanhas de ampliação de sua ação e evolução enquanto instituição. Deste modo, foi estabelecido uma parceria com o grupo “Partilhar”, que congrega psicólogos e profissionais afins, para um trabalho de apoio aos nossos hóspedes em suas vulnerabilidades emocionais e existenciais, indo aonde as instituições de saúde negligenciam, que é o cuidado com as fragilidades advindas da condição de desterrados temporários e outras aflições porque passam homens, mulheres e crianças, que vêm do interior para procedimentos médicos e hospitalares no Recife.
Além disto, está lançada a campanha de consolidação institucional, que dará total independência e autonomia jurídica à Casa de Apoio. Estamos no curso de nossa missão, literalmente, “de cara pro vento”, enfrentando as vicissitudes de momentos nublados, que, todavia, não assombram porque nosso desígnio está avante e à frente dos horizontes visíveis.
Em nosso cotidiano, continuamos a receber os incentivos da sociedade civil. A “Coopeclin”, através de sua Presidente, Dra. Sirleide Lira, tem sido generosa e sempre nos presenteia com doações, que incluem um ventilador que chegou em hora mais que oportuna.
Agora neste fim de mês, participando das comemorações da Semana do Voluntariado, Clécia Marinho, do “Partilhar”, foi indicada por nós e escolhida, para receber o certificado de menção honrosa, como integrante do esforço de atividade voluntária.
Fica o nosso agradecimento. Continuamos de mãos estendidas para receber e poder minimizar a dor das famílias.

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